Projetos no Brasil

Situação atual da saúde no Brasil

O sistema brasileiro de saúde (NHS) é composto por um grande sistema gerido pelo governo, o SUS (Sistema Único de Saúde), que atende à maioria da população, e um setor privado, gerido por seguradoras empresários. O sistema público de saúde, o SUS, foi criado em 1988 pela Constituição brasileira e apoia-se em três princípios básicos: universalidade, inclusão e igualdade. A universalidade estabelece que todos os cidadãos devem ter acesso a serviços de saúde, sem qualquer forma de discriminação de raça, renda, posição social, gênero ou outra variável.

O sistema público ainda carece de muitos investimentos e é precário em qualidade, embora tenha havido melhoras nos últimos anos. Espera-se que questões legais importantes, como a aprovação da Emenda Constitucional 29, minimizem tais problemas. Em 2006, os problemas de saúde mais relevantes eram a mortalidade perinatal, a mortalidade infantil, a mortalidade materna, a mortalidade por doenças não transmissíveis e a mortalidade causada por causas externas (trânsito, violência ou suicídio).

Os Planos de Saúde Privados são amplamente disponíveis no Brasil e podem ser adquiridos por pessoas físicas ou obtidas como benefício trabalhista (as grandes empresas geralmente os oferecem). O sistema público de saúde pode ser utilizado por aqueles que têm um plano privado. Até março de 2007, mais de 37 milhões de brasileiros tinham algum tipo de seguro saúde particular.

Problemas de saúde específicos:

Altas taxas de mortalidade infantil
Situação em 2003: média nacional de 25.1 crianças a cada mil nascimentos; porém, na região nordeste, esta taxa chegava a 37.7.

Altas taxas de mortalidade maternal
Situação em 2003: média nacional estimada em 73.1 a cada cem mil crianças nascidas em 2002.

Altas taxas de mortalidade por doenças não transmissíveis
Situação em 2003: média de óbitos causados por problemas cardíacos e vasculares era de 151.1 a cada cem mil habitantes. A taxa de mortalidade por câncer era de 72.7 a cada cem mil habitantes.

Altas taxas de mortalidade por causas externas (trânsito, violência, suicídio)
Situação em 2003: média nacional de 71.1 óbitos a cada cem mil habitantes - 14.8% em 2002.

T@LEMED

A T@LEMED já criou e opera uma rede de centros médicos que oferece aconselhamento a médicos em regiões remotas do Brasil. O sistema opera atualmente através de linhas telefônicas fixas. Este projeto introduz um modelo de saúde online para o fornecimento de serviços de saúde em regiões altamente desassitidas na Colômbia e no Brasil.

A implementação deste modelo apoia-se em tecnologias de telessaúde atuais, baseadas em utrassom e outras modalidades de imagem, bem como em medicina baseada em evidências. As aplicações clínicas incluem doenças infecciosas típicas da região, como a malária e a tuberculose, e aplicações rotineiras de ultrassom, como pré-natal, urologia e diagnósticos cardiovasculares.

Os ensaios deste modelo, refletidos na implementação e nos testes piloto de estações de telessaúde, demonstram às autoridades locais os benefícios das tecnologias de informação para o atendimento médico e para o desenvolvimento social. As autoridades pertinentes já estão envolvidas no projeto e monitoram seus resultados. Assim, espera-se que este modelo seja incorporado em serviços de saúde tanto públicos quanto privados.

Os ensaios deste modelo, refletidos na implementação e nos testes piloto de estações de telessaúde, demonstram às autoridades locais os benefícios das tecnologias de informação para o atendimento médico e para o desenvolvimento social. As autoridades pertinentes já estão envolvidas no projeto e monitoram seus resultados. Assim, espera-se que este modelo seja incorporado em serviços de saúde tanto públicos quanto privados.

Mais informações sobre a T@lemed podem ser encontradas no site do projeto (www.alis-telemed.net), que descreve detalhadamente seus objetivos e os parceiros envolvidos. Por isso, apenas um breve resumo segue abaixo.

Como parte do projeto T@LEMED, foi montada uma rede de hospitais que presta serviços baseados nos exames de ultrassom. O aplicativo médico usado é chamado de TeleConsult, uma versão comercial do software TeleInViVo. O TeleConsult é uma aplicação autosuficiente que roda em Windows 2000/XP e é capaz de obter imagens médicas de qualquer equipamento de ultrassom através de um placa de aquisição de vídeo conectada ao computador. Além disso, representantes da DICOM armazenarão as imagens médicas de qualquer equipamento compatível com o padrão

OTeleConsult é uma combinação de visualizador de imagens DICOM 2D/3D, um software para aquisição de imagens, ferramentas que permitem a realização de anotações nas imagens e uma ferramenta para comunicação Todas as operações que o usuário pode realizar estão associadas a um dos seguintes módulos do software: Menu de interface com a base de dados; Menu visualizador de imagens; Menu E/S de arquivos; Menu de geometria; Menu de escala de cinza/cores; Menu de ferramentas de medição; Menu cine; Menu de tele-consulta.

Dois hospitais de referência no Brasil oferecem serviços de telessaúde usando o aplicativo TeleConsult:

• Irmandade Santa Casa de Misericórdia, em Porto Alegre (região Sul do Brasil)
• FAHUCAM, em Vitória (região Sudeste do Brasil)

Os dois centros ficam a 1.200 km um do outro. Cada um deles pode prestar seus serviços médicos a quatro outros hospitais periféricos, localizados em suas áreas rurais. A Santa Casa é composta por sete hospitais que formam uma rede de serviços de saúde. Para sustentar este complexo, existe uma rede de dados que os conecta. Esta rede usa uma tipologia em estrela, na qual os hospitais são conectados a um nó central. A conexão de internet é obtida através de um canal de fibras óticas com banda de 100 Mbps. O Hospital FAHUCAM, em Vitória, conecta-se a Internet através de fibras óticas de 6 Mbps RNP (Embratel).

T@HIS

T@HIS é uma rede telemédica que conecta médicos e hospitais através de uma rede de satélites de última geração baseados no recém-lançado sistema AmerHis no satélite AMAZONAS. Como parte do projeto, três clínicas localizadas em regiões remotas nos estados do Amazonas e Pará foram conectadas a um hospital de referência em Belém. O tipo predominante de imagens tranferidas pelo sistema são imagens de ultrassom, captadas através de equipamentos portáteis ou fixos. As aplicações médicas incluem exames gerais, obstetrícia e ginecologia, mas a plataforma aplicada suporta qualquer tipo de imagem e, em especial, informações no padrão DICOM.

O estado do Pará apresenta uma taxa de mortalidade dgeral de 3,65 óbitos a cada 1000 habitates. As principais razões são doenças vasculares e doenças associadas ao parto. O objetivo da implementação médica atual é melhorar o acesso a recursos médicos, disponível apenas para as cidades rurais das áreas isoladas destes estados.

MedNet

A MedNET tem por objetivo estabelecer uma rede de colaboração na América Latina (Brasil & Peru) para difundir o acesso a recursos médicos eficientes, rentáveis, de alto nível e alta qualidade em regiões desassitidas destes países. A plataforma médica e de informações de saúde proposta terá impacto direto na segurança dos pacientes, aumentando os serviços clínicos e melhorando o atendimento primário nos locais piloto. Isto será possível através de diagnósticos e tratamentos avançados, coleta e compartilhamento eficientes de informações demográficas e de resultados de tratamentos, e de pesquisa médica conjunta.

Este sistema adota efetivamente padrões e protocolos médicos europeus referentes à troca, armazenamento e representação de informações médicas e, tendo em vista o caráter incipiente dos Registros Médicos eletrônicos nas regiões alvo, ajudará a difundir a adoção dos padrões eletrônicos europeus.Parceiros da América Latina serão diretamente envolvidos na adaptação e na customização da plataforma médica. Além disso, a MedNET estabelecerá um cenário de colaboração visando ao desenvolvimento do e-Saúde na região, através de um plano de disseminação e exploração para identificar e engajar os envolvidos em uma série de reuniões, showcases, oficinas and conferências.

Os locais do estudo piloto serão conectados através de uma comunicação via satélite baseadano protocolo DVB-RCS, utilizando o sistema europeu AmerHis, o que capacitará a rede médica em termos de componentes agregados, escala e confiabilidade, e oferecerá oportunidades de exploração da infraestrutura de rede com o desenvolvimento de plataformas para a educação eo comércio.
As regiões selecionadas no Amazonas não têm acesso a comunicações em banda larga.